A construção do Templo levou sete anos (1 Reis 6.37-38). Depois Salomão construiu “seus palácios” (1 Reis 7.1), um complexo palaciano do qual são mencionados a Casa do Bosque do Líbano (7.2-5), o Salão das Colunas (7.6), a Sala do Trono (7.7) e por fim “a casa em que moraria” (7.8). Não fica bem claro se eram construções completamente separadas ou interligadas, o que é mais provável. O v.12 menciona “um grande pátio”. Os v.13-14 mencionam novamente Hirão, mestre de obras de Salomão.
Na entrada do templo, havia duas grandes colunas de bronze artisticamente adornadas (v.15-22), que tinham nomes e vieram a se tornar proverbiais no antigo Israel: Jaquim e Boaz (v.21). A maior parte do restante do capítulo descreve um grande lavatório no interior do templo (v.23-39), com funções basicamente de higiene. É interessante notar a importância dada a isso. Os v.41-45 são uma espécie de inventário que destaca que tudo era feito “de bronze polido” (v.45). Para a produção de bronze havia instalações próprias, na planície de Jordão (v.46). Os v.48-50 contém mais um inventário, dessa vez com tudo que era feito de ouro. O v.51 conclui, mencionando os materiais que Davi já vinha acumulando para a futura construção do templo.
Leitores de hoje podem se perguntar, por que tantos detalhes. O texto bíblico, pela profusão de detalhes, mostra como tudo isso era considerado importante. Se as pessoas têm tanto cuidado com suas próprias casas, por que não teriam com a casa de Deus? Em se tratando de um templo, cada detalhe podia carregar um valor simbólico que, devidamente percebido, poderia levar a um aprofundamento no louvor e na adoração. Claro que não necessariamente. Gratidão, louvor e adoração vem do coração. Quando o coração está cheio deles, uma simples manjedoura serve. Assim mesmo, o Templo pode refletir a grandeza e a beleza do mundo criado, levando à adoração ao Criador. Em dimensão de profundidade, o Templo apontava para o Paraíso, e de certa maneira o representava.
Dia 292 – Ano 1