O capítulo anterior terminou com a população de uma cidade israelita decidindo se livrar da arca de Deus. Com isso perderam uma chance de um aprendizado vital. Livrar-se da arca naquele momento, para a população de Bete-Semes, parecia ser o jeito de se livrar de mais mortes. O foco ficou no negativo. E assim eles afastaram de si também a bênção que a arca trazia aos que a tratavam com respeito e gratidão (cf. o Salmo 84).
E assim a arca foi levada a Quiriate-Jearim e acabou esquecida lá, por vinte anos (1 Samuel 7.2). Durante esse tempo, Israel se lamentava diante de Deus. Os filisteus tinham aprendido uma lição em relação à arca, mas distinguiam entre ela e os israelitas, a quem continuavam oprimindo.
Este capítulo conta de uma ocasião em que os israelitas tinham se reunido para uma cerimônia de contrição e purificação diante de Deus (7.5-6), com a presença de Samuel, agora já homem feito e continuando a exercer o sacerdócio para o qual sua mãe o havia dedicado.
Ouvindo isso, os filisteus decidiram atacar. Graças à intercessão de Samuel (v.9) e à intervenção divina (v.10), Israel conseguiu naquele dia uma importante vitória contra os seus inimigos (v.11), que mudou por muito tempo os rumos da política regional (v.13-14). O final do capítulo volta a focar em Samuel e seu ministério (v.15-17).
E assim a vida ia seguindo. Geração após geração, os israelitas iam tendo a oportunidade de aprender na escola de Deus. O problema é que o tempo de uma vida parece curto demais para isso, e que uma geração tem dificuldade de aprender com a outra.
Algo que pode ajudar, em relação a isso, é justamente contar e recontar a história bíblica, a história de como Deus “tem sido o nosso refúgio de geração em geração” (Salmos 90.1). Com isso as pessoas podem aprender com os aprendizados das pessoas de outras gerações, e que foram colocados por escrito para servir de exemplo, como diz o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 10.6-11. E assim, curta como é, uma vida pode se esticar e aprender mais. E, com isso, também servir ela mesma de exemplo a outras pessoas, e assim por diante.
Dia 238 – Ano 1