Esse trecho, infelizmente, começa a confirmar o que notamos no trecho anterior, que o povo de Deus está a ponto de incorrer em uma divisão que lhe será muito dolorosa. O tema de hoje é o retorno de Davi a Jerusalém para reassumir o trono. Davi, da tribo de Judá, já vinha há tempo tratando os judaítas com deferência especial. Estamos lembrados de 2 Samuel 2, onde diz que Davi primeiro reinou só sobre “a casa de Judá”, por mais de 7 anos (2.11). Foi só em 2 Samuel 5 que ele foi ungido rei sobre todas as tribos de Israel.
Hoje lemos que Davi conclamou os anciãos de Judá a serem os primeiros a recepcioná-lo em seu retorno (2 Samuel 19.11,12,14). Os v.41-43 mostram “todos os homens de Israel”, ou seja, as outras tribos, inconformados com esse privilégio concedido a Judá. Os judaítas argumentam que Davi é “nosso parente” (v.42), preferindo ignorar a descendência comum das tribos, ou pelo menos introduzindo graduações nela. O que vemos aqui são sementes de discórdia que, ao brotarem, trarão sofrimento ao povo de Deus e o tornarão sempre mais frágil e vulnerável. É a força do pecado em ação no meio do povo de Deus.
Emolduradas por essas considerações macropolíticas, temos três histórias de pessoas que, cada uma do seu jeito e por seus motivos, se apressam a ir ao encontro de Davi para trazê-lo de volta. A primeira é Simei (v.16-23), o benjaminita que havia lançado maldições sobre Davi uns dias antes. Davi o poupa nesse momento, mas mais adiante recomendará a seu filho Salomão que não deixe o ato de Simei sem punição (1 Reis 2.8-9). A segunda pessoa é Mefibosete (v.24-30), o filho de Jônatas e neto de Saul. Seu servo Ziba tinha contado a Davi uma versão diferente, mas a verdade aparece e tudo acaba bem. O terceiro é o velho Barzilai (v.31-40), que havia saído ao encontro de Davi e sua comitiva quando fugiam de Jerusalém, e que agora recebe de Davi honra e bênção.
Dia 278 – Ano 1