Israel está sem rei. Davi continua em Ziclague. O que fazer? Davi consulta o oráculo (2 Samuel 2.1), e se muda com todo o seu bando para Hebrom, em Judá (v.3). Ali começam os procedimentos para fazer de Davi rei de Judá (v.4).
Saul está morto e seu herdeiro também, mas ainda há gente de sua família com suficiente apoio para continuar com pretensões de poder. Abner, comandante das forças de Saul, leva Is-Bosete, filho de Saul, para um lugar seguro e o proclama rei de Israel (v.8-9).
Assim, por pelo menos dois anos (v.10), Israel e Judá foram reinos separados. Separados e inimigos, como o relato logo vai mostrar (v.12-17). A guerra que Saul havia começado contra Davi, continua. Mas, tal como na relação entre Saul e Davi, também agora a tendência é clara: Davi vai sendo empoderado sempre mais. A guerra termina em derrota das forças de Saul (v.17).
O relato se detém nos detalhes das perseguições entre os guerreiros (v.18-24). Afinal, são irmãos os que se perseguem (v.26-27), e isso não está certo. Finalmente, cada um toma o seu caminho de volta. O texto focaliza os dois comandantes, Abner (v.29) e Joabe (v.30-32), sobre os quais ainda terá mais a dizer.
O Livro dos Juízes, depois de algumas histórias de crueldade entre compatriotas, termina se queixando de que “naquele tempo não havia rei em Israel” (Juízes 21.25). A experiência com os juízes-sacerdotes (Eli e Samuel) também não foram as melhores, e finalmente o povo se decidiu pela monarquia (1 Samuel 8). Não foram poucas as resistências e as advertências.
Os primeiros tempos de monarquia parecem confirmar essas advertências. As perseguições entre compatriotas não terminaram, elas têm sido a tônica da narrativa até aqui. O anseio expresso na canção: “Como é bom, como é prazeroso estarem juntos os irmãos” (Salmos 133.1), tem sido mais a exceção do que a regra. Falta muito ainda, para que o povo de Deus viva os caminhos de reconciliação que Deus quer ensinar ao mundo através dele.
Dia 260 – Ano 1