Deuteronômio 25 é dedicado a questões “menores”, do cotidiano. O cuidado com uma punição pública que não resulte aviltante (25.1-3). Deixar o boi comer do cereal que ele pisa e debulha (v.4). As obrigações do levirato, onde os parentes têm o dever de não deixar desaparecer o nome e nem a herança de seus irmãos (v.5-9). Uma filigrana jurídica, sobre a mulher que, numa briga, toca nos genitais de um homem (v.10-11). Pesos e medidas justos (v.12-16). Uma exortação que nos parece vingativa, mas que está amparada no princípio do talião (v.17-19).
Deuteronômio 26 trata de dois aspectos de um mesmo tema. O tema é ter sensibilidade para com os outros. Para com Deus, o grande Outro. E para com os outros ao nosso redor. Só assim aprenderemos a ter uma percepção correta de nós próprios.
Nossa vida é dádiva. Isso está por trás da lei das primícias (26.1-11). Aqui encontramos mais uma das confissões de fé do antigo Israel (v.5-10). Nela os israelitas resumem sua experiência de Deus e, a partir dela, sua percepção de si próprios. Os primeiros frutos seriam levados ao sacerdote, que os traria ao altar. O ofertante, então, faria sua confissão de fé diante do altar. A confissão lembra os antepassados que desceram ao Egito, o tempo passado no Egito, a libertação e a dádiva da terra prometida. Dessa terra agora são apresentados a Deus os frutos. Alegria e solidariedade marcam o evento como um todo(v.11).
A parte seguinte (26.12-15) trata, novamente, dos dízimos. A parte final (26.16-19) encerra o longo discurso de Moisés, iniciado em Deuteronômio 4.44. No fim o povo é lembrado da reciprocidade do amor e do compromisso entre ele e Deus (Deuteronômio 26.17-18).
Dia 176 – Ano 1