Moisés começa a se despedir do povo (Deuteronômio 31.1-2). Apresenta publicamente Josué como seu sucessor (31.3-8). Tanto Josué como o povo podiam se agarrar a uma certeza: o Senhor vai com eles, não os deixa ao desamparo (v.6,8). Por isso, podem ser fortes e corajosos (v.6,7).
Isso precisa ser dito sempre de novo, lembrado sempre de novo. Por isso Moisés institui uma cerimônia a ser celebrada a cada sete anos, quando a Instrução seria lida solenemente (v.11) diante de todo o povo (homens, mulheres, meninos, estrangeiros, v.12).
Deus começa a preparar Moisés para a sua morte (v.14-16). E lhe fala sobre o futuro (v.16-18). E lhe deixa uma canção (v.19), para ser ensinada aos israelitas. Ela seria colocada por escrito (v.22) e serviria de testemunha contra eles, quando se desviassem do seu Deus (v.21). Essa canção será o tema do capítulo 32. Da mesma forma, a Instrução é colocada por escrito (v.24) e colocada no Santíssimo, ao lado da arca da aliança (v.26).
O tom desta parte de Deuteronômio 31 é sombrio. Sombras se avolumam no horizonte, indicando que o povo ainda não aprendeu tudo que precisa, e não interiorizou tudo que aprendeu. A Bíblia nos ensina a ser realistas, a analisar a situação do jeito que ela se apresenta, sem enfeites, sem se deixar enuviar por pensamento piedoso ou desejante. Porém, isso assegurado, ela também nos ensina a ter esperança. A Palavra que não se ilude acerca do futuro, na segunda parte do capítulo, é a mesmo que diz as palavras de incentivo na primeira parte.
Que Deus que nos conceda essa capacidade de realismo, que não teme aprender a analisar a realidade, inclusive com o auxílio de ciências especializadas. E que ela nos seja dada envolta em esperança, uma esperança “que permanece” (1 Coríntios 13.13), porque vem abraçada com a fé e com o amor.
Dia 181 – Ano 1
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