No trecho anterior falamos do pesar de Deus com a situação no Egito. O relato da última praga se desenvolve de modo rápido, como que querendo que isso tudo passe de uma vez. Um versículo a resume (12.29). Mais um é dedicado, respeitosamente, à dor dos egípcios (12.30). O resto será dedicado à saída dos israelitas do Egito. Foi a recusa do faraó de permitir esta saída que causou toda a destruição e morte de que temos lido.
A notícia tão esperada ressoa, finalmente, em 12.37: “E os filhos de Israel partiram”. Êxodo 12.40-41 situa o tempo passado no Egito no contexto da história maior: foram 430 anos de retardamento da realização da promessa divina. Mas um tempo que não ficou de fora do processo pedagógico de Deus com este povo que Ele havia escolhido para levar Sua bênção a todos os povos. Aquela “noite do Senhor” (12.42) é, mais uma vez, relacionada ao rito da páscoa, pelo qual seria sempre lembrada (12.42-51). E em seguida é relacionada a outro rito que acompanhará os israelitas em sua história: a dedicação dos primogênitos (13.1-16). O fato de os primogênitos dos israelitas terem sido poupados naquela noite, significa que eles pertencem a Deus (13.15).
A parte final (13.17-22) deste trecho introduz um tema que nos acompanhará na sequência da narrativa: Deus guiando o povo em seus caminhos pelo deserto. Êxodo 13.17 revela algo do cuidado de Deus por Suas criaturas. Em relação ao faraó, se diz: “tendo o faraó deixado o povo ir”. Deus respeita a iniciativa das pessoas e conta com ela. Em relação aos israelitas, Ele leva em conta que, indo pela rota normal, eles poderiam ficar abalados com uma eventual guerra. E assim os encaminha para uma rota alternativa, mais longa. Os v.21-22 resumem: Deus guiando Seu povo dia e noite.
Dia 66 – Ano 1