Sob uma liderança que tinha sido ensinada por Deus a fazer a obra “conforme tudo que o Senhor havia ordenado” (Êxodo 36.1), tem início o mutirão da construção da Tenda. Não demora muito, um aviso tem que ser dado, para que não se traga mais nada. Já havia “muito mais que o necessário” (36.5). Estava dando certo!
Começa agora o que para nós é um tedioso relato de como os artesãos fizeram a Tenda. Começa em Êxodo 36.8 e vai até o fim do capítulo 39. Lendo o relato das instruções para a construção da Tenda (Êxodo 25 — 31), vemos ainda que aqui se repete o que lá havia sido dito. Só que lá a perspectiva é futura (“farás”) e aqui é passada (“fez”). Este longo trecho, que diz tudo de novo, quer nos fazer pensar.
A paciência e a meticulosidade do relato são parte de sua mensagem. O que está em jogo aqui é tão importante, que nada pode ser deixado ao acaso. Cada detalhe é repetido, como que para se certificar de que as instruções divinas se cumprem em detalhe. O relato todo parece tão concentrado em observar que tudo estava sendo feito direitinho, que não pára nem para respirar. Assim Deus pode ter se sentido naqueles dias. E assim Ele deve se sentir muitas vezes ao observar a nossa vida, também!
Primeiro é feita a tenda (36.8-18) com as lonas que a cobriam (36.19) e a cerca que a rodeava (36.20-34). Criado o espaço interno, ele agora é dividido (36.35-38). Então é feita a arca, que era um baú contendo os Mandamentos (37.1-5); e o propiciatório, o “lugar de onde Deus se mostrava propício”, que era a tampa do baú (37.6-9), coberta pelos Anjos da Presença. O conjunto era uma só peça, e seu lugar era o Santíssimo. Depois foi feito o que ficava no Lugar Santo, que era a parte coberta do espaço intermediário entre o lugar de Deus e o do povo: a mesa (37.10-16), o candelabro (37.17-24), o altar do incenso (37.25-28) e o óleo da unção e o incenso (37.29). A estrutura do candelabro, de uma árvore com tronco e sete ramos, lembra a árvore da vida do paraíso. Ele está colocado em frente ao véu que separa o Santíssimo do Lugar Santo, sinalizando que este seria agora o caminho para o Paraíso. O véu ainda separa. Mas agora iluminado pelo candelabro.
Dia 89 – Ano 1