O trecho anterior termina com uma nota de otimismo. Os israelitas no Egito acreditaram no que Moisés e Arão lhes tinham dito: que Deus tinha visitado Seu povo (Êxodo 4.31). Parece que a coisa vai ser rápida. Deus está abençoando. O próximo passo é transmitir a palavra de Deus ao faraó, e exigir-lhe que deixe os israelitas se irem do Egito.
Aí começam os problemas. A resposta do faraó é cheia de despeito: “e quem é o Senhor? Nem sei quem é…” (Êxodo 5.2). Mas esse despeito lhe custará caro, a ele e a todo o povo e a terra do Egito, como veremos. A reação do faraó é típica de governantes que interpretam os protestos populares como causados pela falta de ter o que fazer (5.4-5). Ele toma medidas duras. Com esperteza, faz com que as lideranças do povo se dividam, e que uns paguem pela “ousadia” dos outros (5.14). O v.21 mostra a animosidade entre as lideranças israelitas. O próprio Moisés tem que reconhecer que tudo está dando errado. E se queixa amargamente. De repente, parece que é o próprio Deus que está afligindo o povo, e não o faraó (5.22). Em nome de Deus, ele tinha prometido libertar o povo; mas até agora, nada (5.23), estava pior que antes.
A resposta de Deus a Moisés é uma aula de história, começando pelos patriarcas antigos (Êxodo 6.2-4). E lhe assegurando que essa mesma história prossegue, e que o próximo passo será a libertação dos israelitas no Egito. Mas o povo estava tão esgotado que não conseguia mais acreditar em nada (6.9). Moisés, por sua vez, não sabia mais o que fazer: se seu próprio povo não o ouvia, como o faraó o ouviria? (6.12). E volta a insistir na sua incapacidade (6.12,30). Entre Êxodo 6.12 e 6.30, está a genealogia de Moisés (6.14-27), colocada ali para deixar claro que é este incapaz, sim, que Deus escolheu!
Dia 60 – Ano 1