Como José havia previsto (Gênesis 41.29-31), a carestia não seria coisa de um ano só. Gênesis 43 começa com a família de Jacó constatando isso. A solução era ir comprar comida no Egito, de novo. Mas agora há um problema a mais. José havia deixado claro aos irmãos que não voltassem sem Benjamim, seu irmão caçula. O que seu pai queria evitar a todo custo. Enfim, Jacó se convence de que não há outro jeito e deixa o rapaz ir com os irmãos (43.11-14).
A partir deste capítulo, a liderança entre os filhos de Jacó passa de Rúben (o mais velho) para Judá (43.3,8). O texto não dá nenhuma explicação para isso, mas já o havia antecipado no capítulo 38, ao falar da descendência de Judá. Este fato terá um importante significado na história futura do povo de Israel.
A narrativa não se demora nas idas e vindas. Quer logo colocar os irmãos cara a cara, é ali que tudo vai se decidir. 43.15 resume a viagem e coloca os irmãos diante de José. Ao serem convidados à casa do governador do Egito, os irmãos ficam apreensivos (43.18). Nem bem chegaram e vão logo se justificando diante do mordomo (v.19-22). As explicações não aludem a que Deus tivesse um papel nisso. Inesperadamente, é o mordomo do governador do Egito que puxa o assunto e lembra a eles que “o vosso Deus, o Deus de vosso pai” tem dirigido os acontecimentos (v.23).
A refeição conjunta do fim do capítulo traz bons presságios. “E eles beberam e se regalaram com ele” (v.34). Na Bíblia este é um dos mais expressivos símbolos da reconciliação que é o propósito maior de Deus.
Dia 49 – Ano 1