A ida de Abrão ao Egito tem um significado na narrativa do Gênesis.
Recém chegado à terra que Deus lhe havia prometido, já uma carestia o impele a sair dela na outra direção, o Egito. Lá ele se torna um homem rico (Gênesis 12.16; 13.2). Até seu sobrinho Ló, que o acompanha, enriqueceu (13.5). Um convite a esquecer o chamado divino e ficar por ali mesmo. Mas Deus dá um jeito de Abrão e os seus serem expulsos de lá. Gênesis 13.3-4 mostra-os voltando ao lugar de onde haviam saído para ir ao Egito.
Aqui um Abrão mais maduro se reencontra com seu passado e com seu Deus (v.4). Quando suas relações com seu sobrinho ficam ameaçadas (v.7), ele age com sabedoria, e deixa Ló escolher. Ló escolheu uma parte da terra que, de tão boa, parecia o jardim do Éden (v.10). Abrão fica com a outra parte. Que era justamente a terra que Deus tinha prometido a ele (a terra de Canaã, v.12). A parte melhor, que Ló escolheu, traz embutida problemas futuros, sinalizados na referência ao povo que habitava aquela região (v.13). Os v.14-18 renovam a bênção de Deus a Abrão.
Vemos como as pessoas nestes capítulos estão ocupadas com sua vida diária, que às vezes não deixa tempo para pensar em muita coisa mais. E às vezes se metem em encrencas. Mas o texto bíblico mostra também que Deus está presente. Os anos vão passando, e Deus continua presente. Ora mais percebido, ora mais escondido. Mas nunca nos abandonando. Levando Suas promessas a bom termo.
Dia 22 – Ano 1