Este capítulo continua a relatar do cotidiano do homem escolhido por Deus para dar início ao Seu projeto de reconciliação. Gênesis 14.1-12 conta de uma guerra entre reis da região. No capítulo anterior vimos como Ló, sobrinho de Abrão, tinha decidido se estabelecer na planície onde ficavam as cidades de Sodoma e Gomorra (13.11-13). Os reis destas duas cidades também participaram desta guerra, e acabaram derrotados (14.10). Os vitoriosos saquearam as cidades (14.11) e Ló estava entre os que foram levados cativos (14.12).
Um dos sobreviventes foi dar a notícia a Abrão. Este juntou seus homens e, no meio da noite, atacou os que haviam levado cativo seu sobrinho, e o libertou, com tudo que lhe pertencia (14.16). Os reis de Sodoma e Gomorra, gratos, foram ao encontro de Abrão e lhe ofereceram que ficasse com todos os bens materiais (14.21). Abrão, que tinha enriquecido graças ao faraó (Gênesis 12.16), agora recusa alegando que não quer que ninguém diga que ele ficou rico por sua causa (14.22-24). Pois é, assim era Abrão. Assim são as pessoas, também as que Deus escolhe! Se formos bem sinceros, veremos que também nós não somos muito diferentes. E mesmo assim Deus vai com a gente.
Uma cena bonita neste capítulo é o encontro de Abrão com Melquisedeque, rei de Salém e “sacerdote do Deus Altíssimo” (14.18). Melquisedeque abençoa Abrão (v.19-20), e Abrão lhe dá o dízimo de tudo que tinha ganho (v.21). Mais tarde, a Carta aos Hebreus vai comentar esta passagem, fazendo uma relação entre o sacerdócio de Cristo e o de Melquisedeque, e entre estes e o sacerdócio levítico (Hebreus 7.1-10).
Dia 23 – Ano 1