Entre a promessa e o cumprimento, ainda tem algum chão. Neste capítulo, mais um passo é dado. Abraão recebe visita. Da perspectiva de Abraão, eram “três homens” (Gênesis 18.2). O texto fala deles como “homens” (18.16,22). Em 18.9-10, “eles perguntam” algo, e depois “um deles” fala; no restante do texto, quem fala é “o Senhor” (18.13,17,20); a partir de 18.22, Ele fala a sós com Abraão. Em 19.1 os dois outros são chamados de “anjos”.
O capítulo tem duas partes. A primeira (18.1-15) trata do anúncio solene de que Sara teria um filho. A segunda (18.16-33) trata da destruição de Sodoma e Gomorra. Nascimento, esperança, de um lado. De outro lado, morte, fim. O v.20 diz que o motivo da destruição seria que o pecado dos moradores “era muito pesado”, e que isso gerava um clamor que se ouvia no céu. Gênesis 4.10 mostra a terra clamando a Deus por causa do sangue que nela foi derramado. Em Romanos 8.22, a criação toda geme por causa dos processos de degeneração causados pelo pecado dos humanos. Esse gemido chega ao céu.
O diálogo reportado em 18.17-33 mostra elegância e respeito. O jeito com que Deus trata Abraão é comovente. O tema da conversa é bem resumido em Provérbios 11:11 (“Pela bênção que os retos suscitam, a cidade é exaltada; pela boca dos perversos, é derrubada”). Abraão apela para “a justiça do Juiz de toda a terra” (18.25). E o Senhor, o Juiz, recebe com deferência este apelo. Sua justiça não é injusta, e sim longânima. Se nelas houver dez justos, as cidades serão poupadas (18.32).
Dia 27 – Ano 1