Este capítulo ilustra bem como a disseminação da maldade na terra, que tinha sido o motivo do dilúvio, não foi “lavada pelas águas”. E confirma a percepção do Criador, de que os impulsos do coração humano são maus (cf. Gênesis 8.21). E confirma o que Deus havia dito reservadamente a Abraão (Gênesis 18.20-21): o pecado de Sodoma e Gomorra é grave, e clama aos céus.
O pior é que não foram encontrados ali nem sequer dez justos. Sobrou Ló, com a mulher e duas filhas. Os genros riram dele (Gênesis 19.14), e a própria mulher ficou entre dois corações e acabou sucumbindo (19.26). Sodoma e Gomorra se tornaram proverbiais na narrativa bíblica, como paradigma da maldade sem freios que pode se apossar da espécie humana.
Um texto como este convida “ao divã de Deus”, o melhor lugar para a gente se analisar. Deus conhece nosso coração melhor do que nós mesmos. E quando Ele nos guia nessa análise, é com o carinho de quem conhece a natureza humana por experiência própria. O pecado humano sempre gera clamor, ninguém é uma ilha isolada. E é importante que eles sejam expostos como tal. É importante saber que é “a justiça do Juiz de toda a terra” (Gênesis 18.25) que trata deles. E é importante saber que ela se revelou em “Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1), assumindo sobre Si a culpa “pelos nossos pecados; e não só pelos nossos, mas pelos do mundo inteiro” (1 João 2.2). E assim Ele próprio nos transforma em “justos”, esses de que toda cidade precisa!
Dia 28 – Ano 1