Deus manteve Sua promessa a Jacó, de acompanhá-lo em sua jornada e trazê-lo de volta. E cá está ele, de volta à terra prometida e com um bando de filhos. Só faltava ainda “ser uma bênção a todas as famílias da terra”, para que se cumprissem as três partes da promessa de Deus a Abraão (Gênesis 12.1-3).
O trecho de hoje nos conta uma história que tem a ver com esta terceira parte da promessa. Só que, em vez de ser bênção às famílias da terra, Jacó e seus filhos perpetram um genocídio. Tudo começou quando Diná, filha de Jacó e Lia (Gênesis 30.21) foi dar um passeio e interagir com os nativos, e Siquém, um dos príncipes da região, abusou dela. E acabou perdidamente apaixonado.
A narrativa vai alternando entre o que acontece nas duas famílias, a de Hamor, pai de Siquém, e a de Jacó, pai de Diná. Na casa de Siquém, começa a movimentação para pedir Diná em casamento. Na casa de Diná, uma fúria indignada se instala (34.7). No primeiro encontro (34.8-18), os nativos se mostram sinceros e os filhos de Jacó, mentirosos e dissimuladores (34.13). Os filhos de Jacó exigem que os homens da casa de Hamor se circuncidem. Durante a convalescença deles (34.25), dois filhos de Jacó e Lia (Simeão e Levi) invadem a cidade e matam os homens a sangue frio. A justificativa dos rapazes era “sua honra” (34.31).
Esta triste história mostra, primeiro, que não foi por serem bonzinhos que a família escolhida foi escolhida. Segundo, que o propósito divino de educar uma família para, através dela, abençoar as outras, teria ainda um longo caminho pela frente.
Dia 40 – Ano 1