O trecho de hoje começa com a história da descendência de Esaú, irmão de Jacó (Gênesis 36). Tal como com os filhos de Abraão (Gênesis 25), primeiro é contada brevemente a história do filho não escolhido, para depois se concentrar na do filho escolhido. O espaço relativamente grande reservado no texto bíblico à descendência de Esaú nos faz pensar. A linhagem não escolhida não está excluída do cuidado e da proteção de Deus. Pelo contrário, nome após nome desta lista dá testemunho do amor que Deus tem para com estas famílias. Sempre de novo nos é mostrado que na Bíblia a eleição não tinha em vista exclusividade, e sim a mediação da bênção para a humanidade.
A história da descendência de Esaú é contada em ritmo rápido. Só ocasionalmente a listagem de nomes é interrompida para algum breve comentário. Ela termina com referência à “terra de sua possessão” (Gênesis 36.43). O capítulo seguinte (Gênesis 37) começa fazendo referência a que Jacó, seu irmão, ficou “na terra das peregrinações de seu pai” (37.1), ou seja, Jacó ficou sendo o herdeiro.
Gênesis 37.2 dá início à “história da descendência de Jacó”, que vai se estender até o fim do Livro de Gênesis. Essa história começa um tanto enigmaticamente. José, um dos filhos de Jacó, tem sonhos. Dois sonhos diferentes, mas com um mesmo tema: um dia ele governaria sobre os seus irmãos (37.5-8), e até seu pai e sua mãe se curvariam perante ele (37.9-10). Os irmãos, que já não gostavam dele por ser ele o preferido do pai, passaram a odiá-lo. Já o pai, curtido por toda a sua experiência de vida, “guardava em seu coração” tudo isso (37.11). Que será que Deus estaria preparando?
Dia 42 – Ano 1