O ódio e o ciúme dos irmãos de José avançam para um próximo estágio. O vergonhoso episódio de Siquém (Gênesis 34), bem como notícias sobre más condutas deles (Gênesis 37.2) deixavam Jacó apreensivo. Por isso, manda José ir ver como eles estão (37.13-14). Quando seus irmãos o vêem, o sentimento negativo se tranforma em ação (37.18). Com curso livre, a maldade corre solta.
Em momentos assim a gente se pergunta pela eficácia da pedagogia divina. A terceira geração desde Abraão parece não ter aprendido nada até agora. Mas sinais positivos desta pedagogia divina já se manifestam, mesmo que por enquanto só sob a forma de restrições ao transbordamento da maldade. Isso é mostrado na atitude de Rúben (37.21,29) e talvez também na de Judá (37.26-27). De qualquer modo, a vida de José foi preservada. E com ela, como ainda veremos, a de toda a família de Jacó. E com isso também a promessa divina.
Bem mais adiante, o povo descendente de Jacó-Israel receberá de Deus a Instrução, a Torá, que representará um próximo estágio neste paciente processo pedagógico de Deus com o povo escolhido. Muitas gerações mais para a frente, Paulo refletirá sobre estas fases do caminho de Deus com Seu povo (cf. Gálatas 3.15-24). O grande propósito de Deus é a reconciliação prometida a todos os povos, através de um povo que precisará aprender a sintonizar com este propósito divino, e voluntariamente aderir a ele. Pois ele está indissoluvelmente ligado à liberdade e ao amor, tanto de Deus como do ser humano por Ele criado.
Dia 43 – Ano 1