O trecho de hoje inicia com uma importante encruzilhada na narrativa de Gênesis. “Partiu, pois, Israel” (Gênesis 46.1). Dessa vez, não para o leste mas para o sudoeste, para o Egito. Muito tempo antes, Abrão tinha sido forçado a fazer o mesmo caminho, também por falta de comida na terra prometida (cf. Gênesis 12.10). No caso de Isaque, Deus lhe tinha aparecido e dito que não descesse ao Egito (26.1-2). Agora chega a vez de Jacó.
Nesses momentos, Deus costuma intervir de um jeito forte. É o futuro da promessa que está em jogo. Em “visões da noite” (Gênesis 46.2; cf. 28.10-12), Deus assegura o patriarca de que não precisa ter medo de descer ao Egito; que lá Deus fará dele uma grande nação, e que no momento certo o fará subir de volta à terra prometida (46.2-4).
Nessa encruzilhada importante, também aparece a lista com os nomes dos que fizeram a jornada (46.8-27). No contexto da promessa ameaçada, esta lista quer realçar o cumprimento dos outros itens da promessa. A família escolhida chegava agora a 70 pessoas! (o número 70, na Bíblia, transmite uma noção de grande quantidade). A primeira lista da descendência de Jacó (Gênesis 35.23-26) trazia só o nome dos filhos. De Judá (Gênesis 38) e de José (Gênesis 41.50-52), o texto já havia mencionado os nomes dos filhos. Agora vemos que os outros irmãos também tinham feito a família crescer. A lista termina com os filhos de José, nascidos no Egito (Gênesis 46.27). A família escolhida começa a se estender aos povos, para levar a eles a bênção.
Dia 52 – Ano 1