Isaías 37.1-14

Isaías 37.1-14

Quando o rei Ezequias recebeu o relatório da comitiva que foi tentar dialogar com os assírios, rasgou as vestes e se cobriu com trapos, como sinal de luto e penitência (Isaías 37.1). E foi ao templo. O povo de Deus tem aprendido para onde olhar nesses momentos. “Elevo os olhos para os montes. De onde me virá socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Salmos 121.1-2). Pois é certo que “não cochila, nem dorme, o guarda de Israel” (Salmos 121.4).

Então o rei Ezequias mandou uma comitiva ao profeta Isaías, todos demonstrando luto e penitência. Eliaquim e Sebna haviam feito parte da comitiva enviada ao encontro do comandante assírio. A eles se juntam agora “os anciãos dos sacerdotes” (Isaías 37.2). A cena se repete, portanto. Mas agora quem fala é o homem de Deus, e não o porta-voz do rei assírio. Este nem tinha dado tempo para falarem, e já foi despejando seu verbo insolente em cima dos enviados do rei de Judá. “Vão dizer a Ezequias…” (36.4). Isaías agora diz aos enviados: “Vão e digam ao vosso senhor…” (37.6). O comandante assírio fala em nome do que para ele é a autoridade maior: “Assim diz o grande rei, o rei da Assíria…” (36.4). Isaías manda dizer ao rei de Judá: “Assim diz o Senhor” (37.6).

O porta-voz, em nome do grande rei da Assíria, manda dizer ao rei de Judá: Que confiança é essa que estás querendo demonstrar? Tudo que andas dizendo são palavras vazias… (36.4-5). Isaías, em nome do Senhor, manda dizer ao rei de Judá: “Não tenhas medo por causa das palavras que ouviste, pelas quais os servos do rei da Assíria me insultaram” (37.6). A mensagem de Deus ao rei, através do profeta, é: o rei da Assíria será tomado por um espírito que o deixará preocupado com alguns rumores, que o farão voltar à sua terra, e lá farei com que uma espada o mate (37.7).

O comandante assírio voltou ao acampamento e encontrou o seu rei combatendo em outra frente que havia surgido (Isaías 37.8). Além disso, ouviram que o rei da Etiópia, talvez honrando um pacto com Judá, tinha saído para dar combate aos assírios (37.9). Mudança de planos, portanto. Mas para que o rei Ezequias não ficasse achando que o seu Deus o tinha socorrido, o comandante assírio lhe manda mensageiros com uma carta. “Que o teu deus, em quem tanto confias, não te engane dizendo que Jerusalém não cairá nas mãos do rei da Assíria” (37.10). (Incidentalmente, como ele sabia que Deus tinha mandado dizer isso ao rei de Judá?). E aí vem a repetição da ladainha (37.11-13). Recebendo a carta das mãos dos mensageiros, Ezequias a lê e sobe ao templo (37.14).

Dia 71 – Ano 2