Neste capítulo temos uma espécie de síntese das instruções anteriores, na forma de duas séries de alocuções. A primeira é uma série de promessas (Levítico 26.3-13). Promessa de ciclos agrícolas cheios (v.4-5) e abundantes (v.10), de paz e sucesso (v.6-8), entremeadas de palavras de carinho (v.9,11-13). Tudo isso, se os israelitas se comprometerem a seguir as instruções e não transgredirem os limites colocados pela palavra de Deus (v.3).
Em resumo, Deus é amor. Já o mostrou ao tirar os israelitas do Egito, onde tinham virado escravos (v.13). O que Deus quer é que seja tudo como no começo: Deus andando no meio de nós (v.12), feliz por estar com Seu povo (v.11). E não só com os israelitas. Com o mundo todo. Com todos os povos, com todas as pessoas, com todas as criaturas. Para que isso se realize, os israelitas têm um papel muito importante. E não podem vacilar. Infelizmente, porém, essa tem sido a realidade, como temos visto sempre de novo. Os v.14-15 têm a forma de uma advertência em relação a possibilidades futuras, embebidas das experiências negativas do passado.
A segunda série de alocuções (26.14-39) tem uma progressão na qual se esconde a mensagem principal, pois há um coração que bate por trás da boca que fala. Os v.14-15 vêm em forma de “se …”, colocando restrições. Ao que segue um “então …”, que começa no v.16 e vai até o v.22, e que alerta sobre o descaso com as restrições. No v.23 temos um “se ainda assim …”, que marca uma progressão (“se com isso tudo, ainda insistirem em transgredir …”), com novo alerta, que vai até o v.26. No v.27, mais uma vez: “Se ainda assim …”, com novos alertas que vão até o v.39.
No v.40, temos uma virada. “Mas se …” anuncia a possibilidade de conversão. Se ela acontecer, Deus estará esperando de braços abertos. Pois nossa infidelidade não anula a Sua fidelidade às Suas promessas e ao Seu pacto (v.42-45). Dos quais fazem parte as instruções ao Seu povo (cf. o resumo geral no v.46).
Dia 114 – Ano 1