Números 26 forma um arco com Números 1. Lá, os israelitas fazem um recenseamento antes de começar a marcha pelo deserto. Aqui, um novo recenseamento marca o fim da marcha, depois de 40 anos de peregrinação pelo deserto.
Tribo por tribo, a contagem vai sendo feita e os resultados anunciados. A tribo de Rúben (v.5-11), a de Simeão (v.12-14), a de Gade (v.15-18). A tribo de Judá (v.19-22), a de Issacar (v.23-25), a de Zebulom (v.26-27). A tribo de Manassés (29-34), a de Efraim (v.35-37), a de Benjamim (v.38-41). A tribo de Dã (v.42-43), a de Aser (v.44-47), a de Naftali (v.48-50). Ao todo, “seiscentos e um mil e setecentos e trinta” pessoas (v.51). Entre estes se repartirá a terra (v.52-56) que eles estão se preparando para conquistar. Fora os levitas, contados à parte (v.57-62).
Os números se mantiveram estáveis nesses anos todos, apesar de tudo (cf. Números 1.46). Aí está a grande mensagem. A mensagem do cuidado de Deus para com Seu povo, não obstante tudo que este povo sempre de novo apronta. Os números são parecidos. Mas as pessoas, não. Entre os que foram contados “nas campinas de Moabe, às margens do Jordão, em frente a Jericó” (v.63) não havia mais nenhum dos que tinham sido contados “no deserto do Sinai” (v.64), 40 anos atrás, com exceção de Calebe e Josué (v.65).
Uma história feliz, e ao mesmo tempo triste. Feliz, porque uma nova geração está aí. As crianças que todo mundo falava que iam morrer (Números 14.3), estão aí, como Deus tinha prometido (14.31). Triste, porque uma geração inteira não pôde ver o cumprimento da promessa que sempre de novo a animava a seguir em frente. E assim, apesar de tudo, o povo de Deus tinha passado no teste (o número 40, na Bíblia, quase sempre tem uma conotação de um período de teste). E com muita história para contar. E são estas histórias, contadas sempre de novo e que agora nós estamos lendo, que guardam os segredos de um Deus que guia Seu povo com amor. E não só esse povo que foi recenseado aí!
Dia 141 – Ano 1